segunda-feira, 29 de setembro de 2008

À prova de cachorro

Lembro-me ainda da primeira semana da minha cadela em casa. Ela foi-me entregue muito nova, com 5 semanas, muito pequena para ser afastada da mãe e irmãos, mas era essa a vontade do dono da sua mãe. Tentei confortá-la e providenciar companhia durante as primeiras semanas para não sentir tanto a drástica mudança na sua vida.

Aproveitei também esse tempo para tornar o meu apartamento à prova de cachorro, conduzindo tudo o que fosse cabo eléctrico por sítios escondidos, que não atraíssem a mínima atenção de um cachorro brincalhão.

Não é por mal, mas o mundo está cheio de ratoeiras atractivas para um cachorro que quer experimentar tudo.

Como sabia que ela iria querer roer e que os cachorros por vezes para se confortarem brincam com as mantas e panos que têm na cama, lavei sempre os panos dela com um amaciador diferente do meu, sem cheiro forte. Creio que algo resultou, pois ela nunca mais demonstrou interesse pelas minhas roupas, ou toalhas e parecia saber a diferença entre os "brinquedos" de tecido dela e os meus, as minhas camisas, peúgas ou toalhas...

Da mesma forma, brincava com ela e com os brinquedos que lhe tinha destinado, todos os dias, e dizia-lhe que "NÃO" quando ela mostrava interesse por objectos meus.

Na maior parte dos casos, é suficiente dizer "não" quando o cachorro se aproxima do que não deve e desviar-lhe a atenção para algo diferente, algo que lhe seja permitido fazer, e brincar com ele.

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